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·22. Februar 2025

Daniel Marcos relembra passagem pelo Corinthians e revela mágoa com Alessandro e Fagner

Artikelbild:Daniel Marcos relembra passagem pelo Corinthians e revela mágoa com Alessandro e Fagner
  1. Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

No início de janeiro, o então lateral-direito Daniel Marcos surpreendeu ao anunciar sua aposentadoria precoce dos gramados, aos 23 anos de idade. Após um início promissor na base do Corinthians, seguidas lesões prejudicaram sua evolução, e as dores encerraram o sonho de seguir carreira. Em entrevista exclusiva à Central do Timão, o ex-atleta falou um pouco sobre diversos assuntos sobre sua história no Parque São Jorge.

Daniel Marcos ressaltou a importância de atletas em sua posição terem figuras como Fagner e Alessandro, referências recentes da história do Corinthians, para evoluir no clube. “Hoje, quem chega no Corinthians e pensa em ser lateral-direito, desde a base, assim, pra pegar uma trajetória no profissional, tem que se espelhar principalmente nos dois, né, que são mais recentes também, mas o campeão mundial e o Fagner, né, uma linda história também. Então, como lateral-direito, são dois jogadores, assim, que você tem que se inspirar”, disse.


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Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

No entanto, sua experiência pessoal com ambos não foi das melhores. O ex-jogador atribui sua saída do Corinthians à postura de Alessandro como diretor de futebol, durante a gestão de Duilio Monteiro Alves no clube. Segundo ele, as lesões sofridas o fizeram ser tratado como descartável pela diretoria.

“Ele não gostava de mim”

“Ele (Alessandro) foi um dos pilares para que minha história não desse mais continuidade no Corinthians, entendeu. Em 2021, renovam meu contrato até 2024 pela projeção de voltar de lesão e continuar a trilhar o caminho que a gente já sabia que poderia acontecer, de continuar no profissional e dar fruto, se Deus quiser, ao Corinthians. Mas, infelizmente, eu volto da lesão e acabo sendo totalmente tachado, né?”

Daniel Marcos afirma que sua história nos tempos finais de Corinthians foi de “humilhação”, sendo segregado do restante do elenco. “Se o elenco treinasse de manhã, eu treinava de tarde. Se o elenco se troca num vestiário, eu me troco no vestiário dos jardineiros, do pessoal da limpeza. Tudo que o elenco fazia, eu tinha que fazer ao contrário, tipo, a água não se misturava com o vinho. Totalmente escolhas do Alessandro, até porque o Duilio gostava de mim”, afirmou.

A impressão pessoal de Daniel Marcos é que o ex-lateral direito e então diretor de futebol não gostava dele, e agia de formas diferentes em público e no privado em relação a si. “Em relação a conversar, etiqueta, ele era muito bom. Mas na hora de me ajudar, estender a mão pra voltar, retomar minha carreira de onde ela tinha parado, pelo menos, muito pelo contrário. Ele me empurrou pra onde eu nunca estava, que era (o lugar de) um jogador largado, como se não tivesse pretensão de um dia virar profissional de verdade”, declarou, em tom de desabafo.

Ele relembrou da época em que treinava separado do elenco, dizendo que via como se fosse uma espécie de castigo: “Todo mundo do CT ia (trabalhar) de manhã… cozinheiro, faxineiro, rouparia, e de tarde ia todo mundo embora. Só que tinha que ficar alguém ali pra ficar com o Daniel, pra não ficar tão escrachado.”

Os meses em que seus treinamentos em separado ocorreram com o meia Luan, com quem o clube não contava mais em seu planejamento, também incomodaram Daniel Marcos. “Ficava muito mais estranho pra mim, porque além das lesões, ficava algo como ‘Se tá treinando com o Luan é porque não supriu as expectativas, como o Luan não supriu’. Então, se tinha gente que achava que o Luan era um mau jogador, imagina aquele ali que tá junto com ele?”, questionou.

“Decepcionante”

A convivência com o lateral-direito Fagner também foi decepcionante para Daniel Marcos. A chegada ao profissional gerou um choque entre a expectativa por estar ao lado de uma referência na posição e a forma distante como ele se sentiu tratado na rotina diária, diferente do que enxergava na relação entre atletas mais experientes com jovens de outras posições.

“Eu posto uma foto no meu Instagram em março de 2021, quando eu tenho minha primeira lesão, e ele (Fagner) senta lá na maca do DM… cara, eu peço pra tirar uma foto com ele. E aí quando eu volto a treinar, eu vejo que o tratamento não foi recíproco, sabe? Então, isso me chateou bastante. Eu fiz de tudo pra ter pelo menos uma foto com ele, e aí na hora de dividir o campo… não precisava ele estender o tapete vermelho pra tomar a posição dele, né, mas pelo menos ajudar em alguma coisa que era o que eu via (acontecer) em outras posições.”

O jovem usou como exemplo outras situações semelhantes, onde os jovens atletas oriundos da base eram mais acolhidos e orientador do que ele diz ter sido por Fagner. “Fábio Santos com o (Lucas) Piton e o Carlos (Augusto) era questão de pai e filho, praticamente, cara, você tinha que ver, era invejável de ver o quanto o Fábio Santos ajudava. O Gil também, e o Cássio com todo mundo, entendeu? O Cássio me ajudou bastante, inclusive”, disse, continuando:

“Esses caras (Fábio Santos, Gil e Cássio) traziam pra perto, tentavam ajudar em questão de campo. Sempre chegava cada um na sua posição, né? O Gil eu vi com o Tchoca, Caetano, Robert (Renan)… chegar e dar um toque, dizer que falta isso, falta aquilo. E o Cassião com todo mundo, né? O Fagner nunca chegou pra me ajudar, era uma questão mesmo de disputa. Então, se eu errasse um cruzamento e ele acertasse, ele não tava nem aí, entendeu? Eu era um concorrente direto na cabeça dele.”

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A Central do Timão publicará outras matérias com mais trechos da entrevista exclusiva com Daniel Marcos, que pode ser assistida na íntegra no vídeo abaixo:

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