Cruzeiro x Atlético: coletiva de imprensa com Cuca | OneFootball

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·19. Mai 2025

Cruzeiro x Atlético: coletiva de imprensa com Cuca

Artikelbild:Cruzeiro x Atlético: coletiva de imprensa com Cuca

Pergunta: Você ficou satisfeito com o desempenho da equipe? A ideia era amarrar mais o Cruzeiro? O empate foi justo?

Cuca: “Até ontem, todos cobravam resultado e elogiavam o resultado Hoje, não tivemos bom desempenho, principalmente no primeiro tempo. Diante da dificuldade que tínhamos para esse jogo, a diferença que tínhamos de uma equipe para outra, nesse jogo. Eu venho com três jogadores, o Franco, o Menino e o Arana, no DM, estão em recuperação. Arana está há 37 dias parado, o Menino 20 e poucos, o Franco da mesma forma. Pela necessidade, a gente puxou os meninos para jogar. A responsabilidade é minha quando eu faço isso, não é o DM nem de ninguém”.


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“Respondendo junto, o Menino saiu não foi pela lesão dele, foi por um pisão no tendão. O Arana sentiu um desconforto, mas não agravou a lesão. O Franco teve um momento que fiquei preocupado, mas dali a pouco, ele se firmou. São jogadores que não estão com ritmo de jogo ideal. Até os 20 minutos em que tínhamos o Scarpa e o Rubens competindo bem por dentro, o jogo estava igual. Depois dessa saída (do Arana), o Cruzeiro foi melhor nesses 25 minutos, poderia ter feito gol”.

“No segundo tempo, competimos mais. Foi um jogo mais igual. Nós poderíamos ter ganho jogo, o Rony entrou na cara do gol, na última bola, o Júnior Santos poderia ter feito gol também. Chances claras, eles tiveram no primeiro tempo, umas três. Depois, predomínio no meio de campo, muitas bolas cruzadas. Eles estão mais inteiros, isso é notório. Depois que eles perderam em casa para o time lá do Equador, eles ficaram fora da competição (Sul-Americana) e guardaram o time para o Brasileiro, descansando jogadores, diferente dos meus, que estão se expondo todos os dias para que a gente não abra mão de nenhuma competição, e estamos vivos na Copa do Brasil e na Sul-Americana, o desgaste é maior”.

“Hoje, além de todos esses fatores, tinha uma torcida muito empolgada, empurrando, “temos que ganhar do Galo, hoje é o dia”. Isso tudo vem forte. Em um dia que as coisas não foram tão boas para nós, saímos com um ponto e temos que valorizar. Apesar de a gente não ter tido um desempenho bom, fizemos 11 pontos nos últimos 15 disputados no Brasileirão. Você não vai ter um jogo da forma que você quer sem ter as condições ideia. Foi isso que aconteceu hoje”.

Pergunta: Você tem muita experiência nesse clássico, foi treinador dos dois lados. Você fez a leitura que seria um jogo truncado. Dentro dessa proposta, você avalia que o Atlético saiu vitorioso? O técnico do Cruzeiro disse que esperava um dérbi om o Atlético propondo mais o jogo…

Cuca: “Cada jogo é uma história, haverá outro jogo, quem sabe ele seja diferente. Hoje, levamos um ponto embora diante de uma animosidade totalmente adversa, como ressaltei. Um clima todo preparado para a vitória do Cruzeiro, e ela não aconteceu. Ainda que no primeiro tempo, naquela parte, eles tivessem jogado melhor. Depois, tiveram predomínio ligeiro no segundo tempo. Nós soubemos competir mais, perdemos jogadores importantes dentro do próprio jogo, isso inibe a fazer trocas, não consegui fazer a quinta. A dupla de zaga amarelada. Um risco enorme de você perder um jogador por expulsão. Acho que, no geral, o empate para nós ficou bom. Não tivemos o desempenho ideal, mas levamos embora um ponto”.

Pergunta: A última vez que o Cruzeiro venceu o Atlético como mandante, no Brasileiro, foi em 2013, contra você, após o Galo vencer a Libertadores e encarar esse clássico como reservas. Desde 2017 que o Atlético não toma gols do Cruzeiro como mandante no Mineirão. Você acha que esses números acabam trazendo motivação extra para o outro lado, e traz conforto para o Atlético no confronto?

Cuca: “O que acontece: claro que todo clássico é motivante, mas esse não é decisivo. Valia a rivalidade, mas eram três pontos no começo do campeonato, que não define uma classificação, eliminação ou título. Clássico no desenrolar do campeonato de 38 jornadas. Lógico que clássico motiva todo mundo. Mas, por diversos fatores que já citei, eles tinham favoritismo. Não falaria isso antes do jogo, mas vocês são do meio, fizeram enquetes e todos apontavam que o Cruzeiro iria ganhar. Vocês não estão errados. Nós, dentro da dificuldade que tivemos, de não estarmos com o time inteiro, desgaste pelo excesso de jogos, estar vivo nas competições, que o Cruzeiro, eliminado, guardou o time, e isso faz diferença. Mesmo assim, a gente sai com muita luta no segundo tempo, principalmente, com um bom resultado. Depois, lá no segundo turno, será outro jogo, teremos 45 mil a nosso favor, quem sabe a gente possa fazer outra proposta”.

Pergunta: O Atlético não teve o Cuello, suspenso, e o time sentiu falta dele. Queria que você comentasse sobre isso…

Cuca: “A gente sente muito a ausência dele, é um dos melhores jogadores nossos em termos de desempenho. Faz muita falta. A gente utilizou as peças que tínhamos dentro do que imaginávamos. Demos uma chacoalhada forte neles para a segunda etapa, e eles competiram bem”.

Pergunta: Hoje você optou por entrar com o Igor Gomes. No segundo tempo, ele saiu para a entrada do Patrick. Queria que você falasse sobre essa escolha o impacto na melhora de desempenho da equipe.

Cuca: “Teve uma marcação mais forte, estávamos perdendo muito o meio de campo no primeiro tempo. O Igor Gomes, além da parte técnica, ele estava debilitado, teve virose, não treinou ontem, estava em um primeiro tempo ruim, temos também que agregar isso a todos os problemas que a gente teve. O Patrick entrou, não conseguiu mostrar qualidade técnica, até porque o jogo estava muito amarrado, marcação forte deles com os dois volantes. Mas ele competiu bem e demos uma equilibrada maior no jogo”.

Pergunta: A equipe do Galo mostrou, realmente, que não está na plenitude física. Talvez ali, o Cruzeiro passou uma sensação de estar inteiro fisicamente. Na quarta-feira, o Atlético terá decisão contra o Maringá na Copa do Brasil. Como será a escolha dos jogadores?

Cuca: É boa a tua pergunta, mas não falei que estamos mal fisicamente. Não estamos o ideal em relação ao Cruzeiro. Quando o Cruzeiro foi eliminado precocemente da Sul-Americana, e eu faria o mesmo, guardou o time para o Brasileiro e para a Copa do Brasil. Usando time misto. Isso faz muita diferença. Nenhum time do Brasil está tendo esse “privilégio”, digamos assim, apesar de ter sido eliminado. Eu prefiro estar dentro da competição, posso até sair amanhã ou depois, mas prefiro estar dentro. Se eu vencer o Cienciano, classifico como primeiro, se eu vencer o Maringá na quarta, passo na Copa do Brasil, e vamos indo. Dos últimos 15 pontos do Brasileiro, ganhamos 11. Agora, temos a força da nossa torcida, na nossa casa, nos dois próximos jogos, e eles farão a diferença para nós.

Pergunta: Queria que você falasse sobre o Rony. Geralmente, nos últimos jogos, jogava como dupla do Hulk. Hoje, vimos o Rony muito pela direita, no 4-1-4-1, fazendo o balanço. Depois, caindo na esquerda. Um jogador que se doa muito taticamente. Essa proposta foi algo combinado ou durante a circunstância do jogo…

Cuca: “São situações de serem analisadas. Hoje, era um jogo que, se você trabalha com os dois atacantes por dentro, terá um prejuízo enorme no meio de campo, terá de sacrificar um deles para voltar, porque os volantes do Cruzeiro saem bem para o ataque, principalmente em casa. Então, quando a gente coloca ele por um lado do campo, tenta achar pelo outro, é sair em velocidade. Ele saiu na cara do gol no primeiro tempo, bateu, o Cássio defendeu bem. Você não terá muitas oportunidades no jogo, pelo contexto que falei. Mas ele foi um guerreiro, jogou muito, não teve vaidade de querer ficar lá na frente. Quando tivemos que baixar linha, ele abaixou. Tem jogos que são assim, valorizar muito os jogadores pelo que fizeram na partida, apesar de a gente não ter ganhado o jogo. Pelo contexto geral, o empate para nós não é ruim. Haverá o segundo jogo, na nossa Arena, e vamos ver o que será”.

Pergunta: Dentro desse discurso de “em casa a gente resolve”, falando desse jogo, o Atlético não conseguiu atacar com perigo, ficou atrás da linha da bola…

Cuca: “Em casa a gente resolve? Quem falou isso?”

Pergunta: Não, eu digo é na Arena MRV. No jogo de hoje, a gente foi dominado pelo Cruzeiro em boa parte do jogo. Dentro dessa realidade, o Cruzeiro deu um nó tático no nosso meio de campo. Pelo menos foi o que eu entendi que o senhor disse. O que você acha que faltou para o Atlético conseguir atacar com perigo e levar a vitória?

Cuca: “Faltou tudo isso que falei antes para eles, a tua pergunta é uma pergunta dura, porque nó tático no meio de campo? Nunca ouvi falar. Você pode falar em supremacia e superioridade num lugar em relação a outro. Vou repetir o que falei, hoje a atmosfera toda estava favorável ao Cruzeiro, por todos os fatores que já falei, do descanso, da motivação, da gana de ganhar do Galo, já faz 10 anos que não ganha aqui, é hoje, vamos ganhar… Não aconteceu e temos que saborear esse ponto, mesmo não tendo um bom desempenho, mas dentro do cansaço que tínhamos, os desfalques, os jogadores postos precocemente em campo, por necessidade minha. Eu pedi ao DM que precisávamos deles, enquanto a gente teve eles, era um jogo. Depois, passou a ser outro. Por todos esses fatores é que a gente não conseguiu vencer”.

Pergunta: O Hulk deixou o campo de jogo reclamando de dores no adutor. O Atlético tem mais cinco jogos até a parada para o Mundial de Clubes. Você espera com ansiedade por essa parada para descansar atletas e, também, tendo em vista a Janela de Transferências em junho?

Cuca: “Boa pergunta, vocês estão afiados hoje. Estão boas. Assim, não é ansioso, mas ela vai chegar. Temos mais cinco jogos para terminar bem as três competições da melhor forma possível, passando pelo Maringá, pelo Cienciano para terminar em primeiro na chave da Sul-Americana, e conseguir o maior número de pontos possível no Brasileiro para estar entre os seis primeiros. Vem a parada, abre a janela, e vamos conversar com a diretoria, com o nosso pessoal, para ver o que de melhor podemos fazer. Eles entendem as necessidades que a gente tem, tanto quanto eu. Temos que entender as possibilidades que a gente também tem, o que foge do treinador”.

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