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·26. August 2025

Corinthians entra com ação contra o Bahia na CNRD por caso Kauê Furquim

Artikelbild:Corinthians entra com ação contra o Bahia na CNRD por caso Kauê Furquim

Kauê Furquim já foi anunciado e até registrado pelo Bahia, mas a polêmica envolvendo a transferência do garoto ganhou novos capítulos. Nesta terça-feira, o Corinthians entrou com uma ação contra o clube baiano na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD).

A reportagem da Gazeta Esportiva teve acesso à ação protocolada pelo Corinthians. No documento, o clube do Parque São Jorge voltou a acusar o Bahia de aliciamento e solicitou que a CNRD, órgão fiscalizador da CBF, adote medidas de caráter “condenatório” e “sancionatório”.


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No ofício, o Corinthians listou uma série de motivos que levaram o clube a acionar a CNRD na transferência de Kauê Furquim ao Bahia. O órgão é acionado costumeiramente para solucionar desavenças entre equipes do futebol brasileiro, agindo de acordo com os estatutos da CBF e da Fifa.

O Timão citou, por exemplo, o esvaziamento do direito de preferência do Corinthians, previsto no parágrafo 8 do artigo 29 da Lei Pelé (Lei 9.615/98), e também no parágrafo 8 do artigo 99 da Lei Geral do Esporte (Lei 14.597/23) por culpa do Bahia. Veja, abaixo, o que diz o trecho do artigo da Lei Pelé:

Art. 29 – A entidade de prática desportiva formadora do atleta terá o direito de assinar com ele, a partir de 16 (dezesseis) anos de idade, o primeiro contrato especial de trabalho desportivo, cujo prazo não poderá ser superior a 5 (cinco) anos.

§ 8º – Para assegurar seu direito de preferência, a entidade de prática desportiva formadora e detentora do primeiro contrato especial de trabalho desportivo deverá apresentar, até 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do contrato em curso, proposta ao atleta, de cujo teor deverá ser cientificada a correspondente entidade regional de administração do desporto, indicando as novas condições contratuais e os salários ofertados, devendo o atleta apresentar resposta à entidade de prática desportiva formadora, de cujo teor deverá ser notificada a referida entidade de administração, no prazo de 15 (quinze) dias contados da data do recebimento da proposta, sob pena de aceitação tácita“.

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(Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)

O clube também explicitou o descumprimento do Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol (RNRTAF) e dos regulamentos da Fifa por parte do Bahia, sobretudo no artigo 25 do RNRTAF e nos parágrafos 4 e 5 do artigo 17 do Regulamento do Status e Transferências de Jogadores (RSTP) da entidade internacional. O Corinthians alega um “nítido aliciamento de atleta sob contrato” na movimentação do Tricolor baiano para contratar Kauê. Confira, abaixo, o que diz o RNRTAF:

Art. 25 – O clube que pretenda celebrar contrato de trabalho com atleta profissional ou treinador de futebol deverá informar ao clube atual do mesmo, por escrito, antes de entrar em negociações com o profissional“.

Por fim, o Corinthians  ainda entende que o Bahia foi utilizado como um “intermediador de negócios” para que o Grupo City, que controla a SAF do Tricolor de Aço e de outros times ao redor do mundo, como o Manchester City, pagasse somente R$ 14 milhões, quantia estipulada para o mercado nacional. O valor da multa para o exterior era de 50 milhões de euros (aproximadamente R$ 315 milhões na cotação atual).

O QUE COBRA O CORINTHIANS

Diante de todo o exposto, o Corinthians pede à Câmara Nacional de Resolução de Disputas que tome algumas medidas contra o Bahia. Uma delas, por exemplo, é o pagamento indenizatório ao Timão de um valor equivalente a 200 vezes o valor do salário mensal da proposta ofertada pelo Tricolor de Aço a Kauê.

A diretoria do clube alvinegro solicitou também que a CNRD aplique sanções ao Bahia previstas no artigo 56 do regulamento do órgão, por “ter aliciado o atleta e mantido com ele negociações enquanto ainda vinculado ao Corinthians”, e também ao jogador, por ter atentado “contra a estabilidade contratual e adotado condutas contrárias aos regulamentos vigentes da FIFA e CBF”.

O Corinthians também cobra que a Câmara profira sentença de “cunho declaratório” e reconheça o direito do clube em exigir do Bahia o pagamento da multa rescisória internacional, caso Kauê seja transferido pelo Tricolor de Aço a qualquer equipe que integre o Grupo City depois de completar 18 anos.

O Timão, por fim, ainda requer que Bahia e Kauê Furquim apresentem toda documentação registrada de comunicação entre as partes, ou através de seus representantes legais e/ou contratuais (intermediários), como propostas, mensagens de texto, e-mails e áudios.

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(Foto: Letícia Martins/EC Bahia)

ENTENDA O CASO

O Corinthians perdeu um dos principais jogadores das suas categorias de base para o Bahia: o atacante Kauê Furquim, de apenas 16 anos. O Grupo City, que controla a SAF do clube nordestino, depositou o valor da multa rescisória e tirou a joia do Timão. O garoto, inclusive, já teve até seu nome registrado no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF pelo time baiano.

De acordo com a legislação vigente, a multa para o mercado nacional é equivalente a duas mil vezes o salário do atleta no ato da assinatura do contrato. O montante pago pelo Bahia, portanto, foi de apenas R$ 14 milhões.

A notícia pegou dirigentes do Corinthians de surpresa. Kauê Furquim, embora jovem, já frequentava treinos da equipe profissional e, inclusive, foi relacionado para dois jogos do time alvinegro nesta temporada, contra Ceará e Fortaleza, ambos pelo Brasileirão.

O garoto assinou, em abril, seu primeiro vínculo profissional com o clube. À época, a diretoria de base do Timão estipulou a multa de 50 milhões de euros para o mercado externo.

O Corinthians vinha negociando uma valorização salarial com o estafe de Kauê Furquim antes do Bahia pagar a multa, mas as conversas não avançaram. Em entrevista ao ge, o diretor das categorias de base do clube paulista, Carlos Roberto Auricchio, conhecido como Nenê do Posto, alegou que o Timão foi “enrolado” pelo estafe do Filho do Terrão.

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