Caso Dodien: Dunshee é indiciado pela Polícia Civil por calúnia e difamação | OneFootball

Rodrigo Dunshee foi indiciado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por calúnia e difamação no 'Caso Roberto Dodien'. Investigações apontam para o ex-vice-presidente do Flamengo como possível autor do perfil fake que proferiu ataques ao ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello e outros opositores nas redes sociais. O caso será encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro, que avaliará se há elementos para prosseguir com uma denúncia à Justiça.

A investigação da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática encontrou indícios que o crime pode ter sido cometido por Dunshee. Tanto pelas provas adquiridas ao longo do processo quanto "por todo o contexto fático que envolve as partes, qual seja, a vítima era o então presidente do Clube de Regatas do Flamengo e o autor estava disputando a presidência do clube em uma das chapas”. A informação foi publicada primeiramente pelo jornalista Lauro Jardim, do 'O Globo'.

O processo começou em maio de 2023 na Justiça Criminal do Rio de Janeiro. Foi nessa data que as suspeitas caíram sobre Dunshee. Isso porque o ex-VP fez uma publicação em seu perfil pessoal do X (antigo Twitter), mas apagou rapidamente, e a mesma mensagem apareceu na conta identificada como Roberto Dondien. O perfil foi excluído pouco depois. Em abril de 2024, a Justiça determinou que a polícia investigasse o caso.

Em julho, o X cedeu o IP da conta de Roberto Dodien, que apontou para uma academia da Zona Sul do Rio de Janeiro, a KS, de Ipanema, onde Rodrigo Dunshee é aluno. No entanto, ao ser chamado para depor, o candidato à presidência rubro-negra em 2024 negou o envolvimento, afirmou se tratar de perseguição política e pediu o fim da investigação. Mas a Justiça não acatou e determinou que o 'X' divulgasse dados de IP, logs de acesso e outros registos das contas de Dunshee e Dodien.

Dunshee pediu fim da investigação

Rodrigo Dunshee alegou que é impossível provar que ele é o autor da mensagem e dono da conta. O pedido para o fim da investigação, contudo, não surtiu efeito.

“A esta altura, após mais de um ano de investigação, já é possível antever. Com absoluta segurança, jamais haverá justa causa para a eventual deflagração futura de ação penal privada. Torna-se impertinente que se continue a gastar tempo, energia e recursos para ampliação da investigação. Sobretudo porque já resultou na produção de milhares de dados sigilosos, de milhares de pessoas, integrando um caderno processual cujo conteúdo vem sendo sistematicamente vazado para a imprensa”, diz a petição de agosto do último ano.