
Central do Timão
·12. April 2025
Brabas perdem clássico em casa e Lucas Piccinato admite falhas: “Perdemos para nós mesmos”

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·12. April 2025
Na manhã deste sábado, 12, o Corinthians recebeu o Palmeiras no Estádio Alfredo Schürig, a Fazendinha, em partida válida pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro Feminino. O Timão saiu na frente com gol de Andressa Alves, mas viu as rivais virarem o placar no segundo tempo e vencerem por 2 x 1.
Após a derrota, o técnico Lucas Piccinato analisou a atuação corinthiana e refletiu sobre a sequência recente da equipe. Ele reconheceu que a fase é negativa, mas destacou que a atuação contra o Palmeiras foi diferente de outros jogos, como a final do Paulistão, que classificou como “horrorosa”.
Foto divulgação: Central do Timão
“Avaliar tudo a partir de uma derrota nos leva a uma visão negativa. Cada jogo tem uma característica diferente. Na final do Paulista, por exemplo, a gente não apresentou nada, fizemos uma partida muito ruim. Hoje, não acho que tenha sido o caso. Hoje, nós perdemos para nós mesmos. Estávamos bem na partida, empurramos o Palmeiras para trás, criamos várias chances no primeiro tempo. Fizemos o gol no segundo, mas faltou consistência para não errarmos tanto. Especialmente nas bolas paradas, acabamos entregando um jogo que, na minha opinião, estava na nossa mão.”
O treinador também destacou os erros defensivos nas jogadas aéreas, ponto que havia sido trabalhado previamente.
“A bola parada foi um ponto muito fraco nosso. Já no primeiro tempo, sofremos com uma finalização de escanteio, uma jogada que sabíamos que viria com a Irina. No segundo tempo, ainda não vi o vídeo, mas a bola fica viva na área depois da disputa aérea. A gente trabalhou isso durante a semana, sabíamos das forças do Palmeiras. Criamos muito, principalmente no primeiro tempo, e não conseguimos converter. Diante de um adversário com muita qualidade, isso custa caro.”
Sobre a substituição feita pouco antes do gol da virada palmeirense, Piccinato explicou a decisão técnica, dizendo que a jogadora substituída já demonstrava sinais de câimbras e que era o último ato disponível no banco.
“A jogadora estava com início de câimbra, puxando a perna. Era nosso último ato. Se eu não trocasse, outra jogadora poderia não aguentar. A Andrés também estava um pouco cansada. A ideia era colocar mais perna no fim do jogo. Claro que essa substituição vai ser questionada, por conta do erro técnico que gerou o contra-ataque, mas em outros momentos substituições no fim resolveram para a gente. Faz parte. É um momento doloroso, frustrante, mas só a gente pode sair dele.”
Piccinato também comentou sobre a insatisfação dos torcedores após mais uma derrota, afirmando entender completamente o incômodo da Fiel e reconhecendo que ninguém dentro do clube está satisfeito com a atual situação.
“O torcedor está incomodado, e tem todo direito de estar. Nós também estamos. Ninguém está feliz com uma virada no fim do jogo, ainda mais em casa, num clássico. Sei que, dentro da cultura do futebol brasileiro, a pressão recai sobre o treinador. Enquanto a diretoria achar que sou o nome certo, vou continuar dando o meu melhor. É frustrante, mas seguimos trabalhando.”
O técnico fez ainda duras críticas à atuação da arbitragem durante a partida, apontando que o jogo foi excessivamente paralisado e que a juíza não permitiu que o futebol fluísse com naturalidade. Piccinato destacou que várias faltas foram marcadas de maneira exagerada, o que travou o ritmo da partida e prejudicou o time, especialmente em momentos em que o Corinthians tentava reagir.
“No primeiro tempo, ela parou jogadas nossas que seriam cobranças rápidas e não deu cartão. Isso trava o jogo. Deu sete minutos de acréscimo num tempo e cinco no outro, mas acho que poderia ter dado mais, porque o jogo parou muito. No lance do pênalti, achei que foi, mas não consegui rever. Foram muitas faltas, muitos cartões, e isso atrapalha o ritmo da partida.”
Por fim, Lucas relatou o clima no vestiário após o clássico e ressaltou a importância de manter o foco no trabalho para reagir na competição.
“Eu estou muito abalado. A gente precisa viver esse momento, por mais difícil que seja. Está todo mundo com raiva lá dentro, querendo extravasar. Mas amanhã é outro dia. Terça já tem jogo contra o Fluminense, e só com trabalho vamos sair dessa. O grupo é muito consciente disso, e tenho certeza de que vamos superar.”
Após a derrota para o arquirrival, o Corinthians voltará a campo na próxima terça-feira, 15 de abril, às 19h (de Brasília). As Brabas enfrentam o Fluminense no Estádio Proletário Guilherme da Silveira Filho, em Bangu, no Rio de Janeiro, pela quinta rodada do Brasileirão.
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