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·25. Juni 2025
Boca Juniors coleciona vexames em 2025 e vê grandeza escorrer pelos dedos

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O tão tradicional e gigante Boca Juniors vive uma de suas piores fases na história. Depois de investimento massivo buscando retomar o topo do futebol sul-americano após 18 anos de sua última Libertadores, os Xeneizes veem a grandeza escorrer pelos dedos com uma sucessão de vexames na temporada de 2025.
Assim como aconteceu com River Plate e Estudiantes, o Boca Juniors tirou o escorpião do bolso em 2025 e fez um investimento massivo para reforçar seu elenco com grandes nomes, tais quais Agustín Marchesín e Ander Herrera. Mas isso não tem convertido em bons resultados.
O clube de Buenos Aires desembolsou cerca de 30 milhões de euros para reforçar seu elenco para 2025. Além dos dois citados anteriormente, Carlos Palacios, Alan Velasco (a segunda contratação mais cara do clube na história), Rodrigo Battaglia, Marco Pellegrino e Williams Alarcón chegaram à Bombonera.
Em contrapartida, a equipe argentina sofreu com baixas, mas fez grandes negócios com alguns de seus principais jogadores. A promessa Aaron Anselmino deixou a Argentina para jogar no Chelsea, Ezequiel Fernández foi recorde de gastos no Al-Qadisiyah e Cristian Medina reforçou o adversário local Estudiantes.
Fato é que a janela da quarta equipe mais gastadora dentro da Libertadores (e segunda dentro da Argentina) foi inteligente, mas os resultados não vieram dentro de campo. O Boca Juniors foi eliminado ainda na Pré-Libertadores, caiu cedo no Torneo Clausura 2025 e ficou sem a classificação no Mundial de Clubes 2025 ao empatar com uma equipe semiprofissional.
A temporada começou caótica para o Boca Juniors. Depois de tamanho investimento, o clube de Buenos Aires deu adeus à Libertadores ainda antes da fase de grupos. Os argentinos perderam para o Alianza Lima no Peru e até recuperaram o placar diante de sua torcida na Bombonera, com um 2 a 1 suado, mas sucumbiram nos pênaltis, não se classificaram e sequer ficaram com a vaga na Copa Sul-Americana.
O proximo compromisso era a disputa da Apertura, onde o Boca começou bem (sete vitórias, dois empates e uma derrota nos dez primeiros jogos). Ao fim da primeira fase, o clube xeneize ficou na segunda colocação do Grupo A, com a terceira melhor campanha do torneio, e teve o Lanús como adversário nas oitavas de finais.
Sem empolgar, os comandados Mariano Herrón empataram sem gols no jogo único dentro de casa e avançaram nos pênaltis, por 4 a 2. Hora ou outra os trancos e barrancos não seriam suficientes para se classificar, e o balde de água fria veio logo na próxima partida da Apertura.
O confronto seguinte foi contra o Independiente, também dentro de casa, mas não deu para o Boca. Com gol de Angulo na segunda etapa, o heptacampeão da Libertadores despachou os donos de casa e avançou às semifinais, onde caiu para o Huracán, que viria a ser vice-campeão da Apertura.
Com o fim triste do Campeonato Argentino, os Xeneizes tinham o maior desafio da temporada pela frente: o Mundial de Clubes, para tentar surpreender. O Boca tinha vida dura para se classificar em um grupo com Benfica e Bayern München e até começou o torneio de forma positiva, mas, ao fim dele, mais um vexame se concretizou, e não pela eliminação.
O Boca estreou contra os portugueses da Luz e abriu 2 a 0 na primeira etapa, mas sofreu o empate, com direito a gol do ídolo nacional Ángel Di María. Na sequência, o confronto mais difícil: contra o Bayern, os argentinos até surpreenderam em certo momento, com belo gol de Miguel Merentiel empatando a partida na etapa complementar, mas saíram derrotados ao fim dela.
O baque maior veio no terceiro e último compromisso pelo Mundial de Clubes. Contra o Auckland City, equipe semiprofissional da Nova Zelândia que havia sofrido 10 a 0 do Bayern e 6 a 0 do Benfica, o Boca Juniors ainda tinha chances de classificação em caso de derrota dos lusos contra os alemães, mas empatou de forma melancólica em 1 a 1 e viu qualquer chance restante de jogar o mata-mata ir por água abaixo.
A esperança de dias melhores fica para a Clausura do Campeonato Argentino, que começa no dia 12 de julho para o Boca, contra o Argentinos Juniors fora de casa. Para jogar a Libertadores de 2026, o clube de Buenos Aires precisa vencer a Copa da Argentina ou o Campeonato Argentino (com o eventual bom desempenho na Clausura) ou, até mesmo, ficar entre os três melhores colocados na tabela geral de 2025.