Jogada10
·13. Juni 2025
Apostador diz que sabia de cartão de Bruno Henrique, do Flamengo

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Um dos apostadores indiciados no caso de Bruno Henrique, Douglas Ribeiro Pina Barcelos confessou que sabia com antecedência que o atleta levaria cartão amarelo em jogo entre Flamengo e Santos, pelo Brasileirão de 2023. A confissão aconteceu na audiência virtual, no dia 4 de junho, com membros do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Distrito Federal.
Barcelos foi o único dos 10 acusados a fazer um acordo com o Ministério Público. Além da confissão, ele terá que cumprir 360 horas de serviço comunitário, além do pagamento de uma multa de R$ 2.322,13. Aliás, os promotores ainda abriram a possibilidade de que ele pague uma multa de R$ 5.500. Afinal, o apostador indicou que irá morar no exterior.
Na audiência, o promotor Rodrigo Araújo explicou as condições para o acordo e as propostas do Ministério Público. Barcelos estava acompanhado de seu advogado, Luiz Henrique Alves de Oliveira.
“Empresas que foram induzidas e mantidas em erro mediante meio fraudulento consistentes no cadastramento de palpites sobre eventos secundários da partida entre a equipe do Clubes de Regatas do Flamengo e o Santos Futebol Clube no dia 1 de novembro de 2023 no estádio Mané Garricha, no Distrito Federal, cuja ocorrência seria provocada de forma criminosa e lhe foi previamente informada”, conclui Araújo.
Ele, então, questiona Barcelos:
“Douglas, feitas todas as considerações, eu pergunto: o senhor confirma que praticou esses fatos?
“Confirmo”, responde o apostador.
Barcelos é uma das nove pessoas que a Polícia Federal identificou por ter apostado num cartão amarelo que Bruno Henrique levaria naquela partida após supostamente informar ao próprio irmão que forçaria a advertência.
Com a denúncia de estelionato e fraude esportiva, Bruno Henrique, assim, pode sofrer a pena máxima de 17 anos e oito meses de prisão.
O Ministério Público pede ainda que, se condenado, Bruno Henrique pague R$ 2 milhões em indenizações por danos morais coletivos causados pela fraude. Na esfera esportiva, o atacante do Flamengo pode ser suspenso em até dois anos de exercer suas atividades no futebol profissional.