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·5. November 2024
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Por Iúri Medeiros
O Corinthians não começou bem o clássico contra o Palmeiras nesta segunda-feira, é verdade. Postado no 3-4-1-2, o time errou passes comprometedores e foi desarmado em zonas perigosas do campo, dando a sensação de que o Derby poderia ser decidido antes do previsto, com o gol do rival sendo apenas questão de tempo. Félix Torres e José Martínez, em especial, não tiveram um bom início de jornada.
Mas o time respondeu. Já ao longo da primeira etapa, o Corinthians foi capaz de minimizar riscos e basear seu jogo em contragolpes, tendo Yuri Alberto como principal alvo no setor ofensivo.
O primeiro tempo foi marcado por chances dos dois lados, mas foi o Timão que não perdoou, com Rodrigo Garro. O meia recebeu passe de Matheuzinho após gritante falha de Caio Paulista e finalizou com qualidade para vencer Weverton.
Na segunda etapa, Ramón mexeu na equipe com a entrada de Raniele. O volante ajudou a reforçar a marcação no meio e o Corinthians passou a ter o controle da partida sem a bola nos pés. Intenso, aguerrido e brigador, o Timão compensou a disparidade técnica entre os elencos com muita determinação a cada dividida.
Assim, José Martínez desarmou Richard Rios na origem do segundo gol. Depois, Garro acionou Yuri Alberto, que contou com colaboração de Weverton para ganhar ângulo em chute que parecia improvável.
Com 2 a 0 no placar, o Corinthians soube administrar a vantagem. Sofreu, é verdade, mas estranho seria não tomar sustos contra um ataque tão potente como o do Palmeiras. Ainda mais se tratando de uma defesa que vem sofrendo tantas contestações ao longo do ano, como a alvinegra.
Mesmo com os pontos desfavoráveis citados, o Corinthians soube neutralizar jogadores importantes do adversário (Estêvão, Raphael Veiga e Felipe Anderson) e defendeu bem a bola parada, arma tão letal para o Palmeiras em Derbys recentes.
No ataque, o time seguiu ameaçando com jogadas em velocidade, aproveitando a exposição do Palmeiras, que não tinha outra alternativa além de atacar com tudo.
No final da partida, com o placar seguro, o Timão passou a trocar passes para ter o controle do duelo e não sofrer com o “abafa” do Verdão.
Assim, o que era uma noite que poderia ter terminado em tragédia para os mandantes, encerrou-se com gritos de olé de cerca de 46 mil corintianos presentes nas arquibancadas.
A vitória no clássico não apaga as eliminações do Corinthians nos mata-matas e os erros recentes da comissão técnica. Mas, claro, é fundamental na parte anímica, para dar confiança aos atletas.
Se o Corinthians ainda está em formação como conjunto, ao menos os jogadores mostraram entender a importância de um clássico desse tamanho.
Com esse espírito, a tendência é que seja questão de tempo até a equipe formalizar sua permanência na elite do futebol brasileiro.