
Calciopédia
·6. März 2025
A Inter bateu o Feyenoord sem sustos e encaminhou vaga nas quartas da Champions League

In partnership with
Yahoo sportsCalciopédia
·6. März 2025
Ao longo da última semana, as lesões que se abateram sobre a Inter fizeram com que dúvidas pairassem sobre o ambiente nerazzurro e até mesmo questões sobre o quão complicado seria bater o Feyenoord, nos Países Baixos, seria complicado. Bem, tudo isso caiu por terra em poucos minutos. Pelo jogo de ida das oitavas de final da Champions League, a equipe italiana não sofreu, ganhou por 2 a 0 e até poderia ter feito mais gols. De qualquer forma, encaminhou sua classificação às quartas da competição continental.
Em sua viagem até Roterdã, Simone Inzaghi precisou lidar com cinco baixas efetivas, sendo quatro nas alas, e mais dois jogadores com problemas físicos. As ausências de Darmian, Dimarco, Carlos Augusto e Zalewski até fizeram o treinador da Inter considerar a mudança no esquema e escalar a sua equipe pela primeira vez com uma linha de quatro na defesa. O técnico, contudo, improvisou: manteve o 3-5-2, com uma zaga composta por Pavard, De Vrij (ex-Feyenoord) e Acerbi, deslocando Bastoni para a inédita função de quinto homem pela esquerda.
Ainda na Inter, Sommer não tinha condições de jogo, mas foi para o banco de reservas, oferecendo uma sombra fictícia ao espanhol Pep Martínez. Thuram, ainda buscando a melhor forma, ocupou seu lugar no ataque ao lado de Lautaro, enquanto o tridente de meio-campo teve formação inédita e, dos titulares habituais, só Barella começou jogando. Mkhitaryan foi substituído por Zielinski e nem saiu do banco, enquanto que um Çalhanoglu em más condições físicas foi preterido por Asllani – mais tarde, o turco ganharia alguns minutos.
O Feyenoord, por sua vez, também vivia situação caótica. Apenas em sua segunda partida como técnico do time, o ex-atacante Robin van Persie – que esteve em campo no único duelo anterior entre as equipes, nas semifinais da Copa Uefa de 2001-02 – tinha que lidar com incríveis 12 desfalques. Alguns deles bastante importantes, como os de Bijlow, Timber, Lotomba, Trauner e Milambo. Entretanto, já esfacelado e ainda sob comando de um treinador interino, a equipe neerlandesa conseguira passar pelo Milan, nos playoffs da Champions League. Empurrada pela torcida no vulcânico estádio De Kuip, tentaria repetir a dose.
O acrobático Thuram abriu o placar para a Inter e ainda cavou um pênalti mais tarde (Getty)
Com apenas 3 minutos de bola rolando, o Feyenoord tentou mostrar ímpeto inicial e teve a primeira chance da partida. O ganês Osman recebeu lançamento, gingou para cima de Dumfries e finalizou, forçando Martínez a ceder escanteio. Porém, logo a Inter passou a controlar o jogo e diminuiu o ritmo da partida, como gosta de fazer para colocar a presa em sua armadilha.
Aos 38 minutos, os nerazzurri balançaram as redes pela primeira vez na partida. Asllani buscou Dumfries em profundidade no flanco direito, o holandês já chegou passando rapidamente para Pavard pegar na bola de bate-pronto e inverter a jogada no intuito de encontrar Thuram, seu compatriota, na quina oposta da pequena área. O camisa 9 da Inter se livrou facilmente de Beelen e nem quis finalizar de canhota, como parecia mais apropriado: esticou a perna destra e surpreendeu o grandalhão Wellenreuther, abrindo o placar de maneira acrobática.
Ainda antes do intervalo, a Inter teve mais duas chances de ampliar e pôs Wellenreuther para trabalhar. Na primeira, aos 40 minutos, um bote em pressão alta permitiu que Lautaro tentasse colocar no cantinho e parasse no alemão. Depois, nos acréscimos, o arqueiro voou para colocar cobrança de falta de Asllani novamente para escanteio.
A dupla Thu-La voltou a funcionar e os nerazzurri ganharam do Feyenoord sem grandes problemas (Arquivo/Inter)
No início do segundo tempo, a Inter matou o jogo a partir de uma grande jogada do improvisado Bastoni. Então ala pela esquerda, o zagueiro – que já vinha fazendo uma partida muito segura – deu um drible desconcertante em Mitchell e rolou para Zielinski, que teve seu chute bloqueado. Na sobra, o polonês rolou para Lautaro encher o pé e estufar as redes de Wellenreuther.
O Feyenoord teve sua melhor chance no jogo pouco depois do gol do capitão nerazzurro – e também a última delas. Osman se enroscou com Pavard, levou a melhor e rolou para Moder, que chapou e acabou fazendo a bola triscar no travessão. Na sequência, Thuram foi calçado por Mitchell e sofreu pênalti. Zielinski até bateu bem, no canto direito, como de costume, mas Wellenreuther saltou bem e defendeu, mantendo os donos da casa vivos no duelo. Mas só de maneira aparente.
Afinal, dali em diante, a equipe de Inzaghi passou a fazer algo em que é mestra: sentar sobre o resultado, cozinhar o jogo, defender sua área e rodar o elenco para manter a fisicalidade do time. Nas únicas tentativas do Feyenoord, um bote providencial de De Vrij sobre Ueda, na meia-lua, e a atuação de sacrifício de Bastoni na ala esquerda foram suficientes para que a Inter deixasse o De Kuip com uma expressiva vantagem.
Na semana que vem, a Inter tem tudo para garantir a sua vaga nas quartas de final. Aliás, assim como seu provável adversário: o Bayern de Munique, que aplicou um sonoro 3 a 0 sobre o Bayer Leverkusen. Antes disso, os nerazzurri tentarão manter a liderança da Serie A ao receberem o Monza, lanterna da competição, em San Siro.
Live