Brasileirão 1º turno: melhores, piores e destaques de cada time | OneFootball

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Stats Perform

·16 de setembro de 2019

Brasileirão 1º turno: melhores, piores e destaques de cada time

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O primeiro turno do Brasileirão 2019 chegou ao fim, com o Flamengo obtendo o título simbólico da primeira metade da disputa pela primeira vez em sua história, mostrando um futebol tão encantador quanto competitivo sob o comando do português Jorge Jesus e embalado pelos gols de Gabriel Barbosa, artilheiro isolado da competição.

Nas últimas 16 edições do Brasileirão por pontos corridos, apenas quatro vezes o campeão do primeiro turno não terminou a competição com o título – uma marca que anima os torcedores rubro-negros. Ainda há muito em jogo e o futebol é capaz de protagonizar milagres e tragédias, mas já é possível traçar um esboço do que esperar para o segundo turno baseado no desempenho apresentado pelas equipes até aqui.


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Briga pelo título


Flamengo – 1º colocado (42pts)

O Rubro-Negro é outra equipe desde a chegada do português Jorge Jesus. Desde a sua estreia, logo após a pausa para a Copa América, o aproveitamento do Flamengo saltou a um nível muito superior ao dos adversários: 83,3% de sucesso, uma diferença gigante em relação aos demais no mesmo período. Hoje é o grande favorito ao título.

Forças: jogos em casa, é o único mandante 100% do campeonato e sempre joga com estádio cheio; ataque (o melhor do campeonato, 42 gols) e grande opção de jogadores no elenco.

Destaque individual: Gabigol é o artilheiro isolado do time, com incríveis 16 gols em 15 partidas disputadas.

Ponto fraco: a fase é tão boa, que se há alguma coisa que pode distrair este Flamengo é a sua participação na Libertadores, onde é semifinalista. Não é uma dor de cabeça aos torcedores, uma vez que a taça continental é o grande sonho do clube.

Palmeiras – 2º colocado (39 pts)

(Foto: Cesar Greco/SE Palmeiras)

Se o Flamengo mudou de patamar após a pausa para a Copa América, o oposto aconteceu com o Palmeiras, eliminado de Copa do Brasil, Libertadores e que, justamente diante dos cariocas, sofreu uma derrota emblemática que sacramentou a queda de Luiz Felipe Scolari. Mano Menezes chegou e a equipe voltou a responder, terminando o primeiro turno na segunda posição... mas pela queda apresentada não é um time que ainda passe segurança para se colocar como o grande competidor do Fla. Entretanto, no somatório das rodadas o Verdão ainda é quem mais tempo passou na liderança (8 jogos).

Forças: a força defensiva do Alviverde ainda é a sua grande força, e as opções do elenco também são das melhores que existem no Brasil. A questão é ver o impacto que a chegada de Mano Menezes vai trazer ao grupo, e as primeiras impressões são boas – especialmente a diminuição dos chutões.

Destaque individual: apesar da boa fase vivida pelo atacante Luiz Adriano, contratado na metade deste ano, Dudu ainda é o grande nome do time (soma 6 assistências e 5 gols). A sua melhora no decorrer da campanha pode desequilibrar.

Ponto fraco: mudança recente de treinador e necessidade de recuperar a moral após a crise recente.

Santos – 3º colocado (37 pts)

Apesar da derrota por 1 a 0 para o Flamengo, na última rodada do primeiro turno, o saldo do Santos foi positivo pela maturação defensiva do time – justamente onde a equipe precisava melhorar. O Peixe, comandado pelo argentino Jorge Sampaoli, liderou o Brasileirão por quatro rodadas e impressiona por render muito mais do que o esperado. De qualquer força, demonstrou ter capacidade para brigar por um longo tempo.

Forças: a veia ofensiva, traduzida no maior número de finalizações a gol (110), e as alternâncias táticas promovidas pelo treinador, atuando desenhado com três zagueiros ou linha de quatro dependendo das características do adversário.

Destaque individual: o meio-campista uruguaio Carlos Sánchez, dono de seis gols e três assistências, é a liderança técnica e psicológica do time.

Ponto fraco: apesar da excelente campanha, o elenco do Santos não é tão bom na comparação com os de Flamengo e Palmeiras, e nem mesmo em relação ao de outros times que vem atrás, como é o caso do São Paulo.


Briga pelo G-4


Internacional – 4º colocado (33 pts)

(Foto: Ricardo Duarte/Internacional)

A equipe comandada por Odair Hellmann só não é mais forte em casa do que o Flamengo, mas a força do Beira-Rio tem sido fundamental para os bons resultados do Colorado, finalista da Copa do Brasil.

Forças: os jogos dentro de casa (aproveitamento de 86,6%), solidez defensiva e saídas rápidas em contra-ataque (foram três gols assim, o maior número do torneio em tentos desta forma, empatado com o Bahia).

Destaque individual: o meio-campista Edenílson é o artilheiro do time no torneio (4 gols), é o mais decisivo quando resolve finalizar – converteu em gols 33% de suas tentativas, além de ter uma assistência e comandar o setor em que atua, algo importante pelo estilo de jogo do Inter.

Ponto fraco: os jogos fora de casa são uma pedra no sapato do Inter, que é a equipe que possui a maior disparidade entre os resultados obtidos como mandante (onde somou 26 pontos) e visitante (onde somou apenas sete).

Corinthians – 5º colocado (32 pts)

(Foto: Alexandre Schneider/Getty Images)

O Timão mais uma vez demonstra grande competitividade, apesar de um elenco que não é tão forte quanto o de anos anteriores.

Forças: a parte defensiva segue o ponto alto do time de Fábio Carille, que é o menos vazado (sofreu 12).

Destaque individual: O jovem Pedrinho é o artilheiro do time (com os mesmos 4 gols de Vagner Love), e a grande esperança de uma jogada diferente, sendo o principal criador de chances para o Alvinegro (20).

Ponto fraco: o problema é que Pedrinho não joga sozinho. E hoje a grande dificuldade do Corinthians é aperfeiçoar a combinação entre as chances criadas pelos meias com as oportunidades dos atacantes.

São Paulo – 6º colocado (32 pts)

(Foto: Getty Images)

O Tricolor tem um bom elenco, mas vem demonstrando muita irregularidade. Inclusive é algo que até o momento vem atrapalhando as aspirações de título.

Forças: o São Paulo é um dos visitantes mais perigosos do campeonato, obtendo aproveitamento de 51,8% fora de casa – quadro inferior apenas aos de Santos e Palmeiras.

Destaque individual: Dani Alves ainda não engrenou, e até pode ser o principal nome futuramente. Hoje, contudo, quem vem fazendo a diferença no Tricolor é o goleiro Tiago Volpi.

Ponto fraco: o ataque. Pablo conviveu com lesões, Alexandre Pato não conseguiu aproveitar suas chances e a equipe treinada por Cuca não consegue finalizar da melhor forma as oportunidades que o time cria.

Bahia – 7º colocado (31 pts)

(Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia)

O trabalho de Roger Machado pelo Tricolor da Boa Terra é dos melhores nos últimos anos, e além de o time ter uma boa solidez defensiva ainda tem um dos artilheiros do certame.

Forças: o desempenho defensivo chama atenção. Na campanha até aqui, o Bahia é, ao lado do Corinthians, o time que mais passou jogos sem sofrer gols (10). Do outro lado, no ataque vê um Gilberto em grande fase para aproveitar as oportunidades que surgem especialmente em contra-ataques.

Destaque individual: Gilberto soma 10 gols e só está atrás do aparentemente inalcançável Gabigol.

Ponto fraco: o time precisa ser mais combativo para recuperar a bola.

Grêmio – 8º colocado (28 pts)

(Foto: Lucas Uebel/Grêmio/Divulgação)

Semifinalista da Libertadores, o Grêmio foi crescendo de rendimento também no Brasileirão e conta com um dos melhores jogadores no país.

Forças: a posse de bola, seguida por uma boa capacidade de finalização de seus jogadores.

Destaque individual: Everton Cebolinha é o diferencial no time por criar chances, driblar, servir seus companheiros e chutar bem a gol.

Ponto fraco: nem André ou Tardelli ainda conseguiram ser os centroavantes que pode levar o time treinador por Renato Portaluppi a um novo nível.


Entre o céu e o inferno


(Foto: Getty Images)

Atlético-MG (27 pts) e Athletico (26) são equipes que ainda podem render mais no Brasileirão. O Furacão tem a desculpa da Copa do Brasil, onde é finalista, mas são elencos que possuem qualidade para brigarem também por vaga no G-6 que dá as últimas vagas para a Libertadores.

O Botafogo (27 pts) é outro que, no discurso dos jogadores, sonha com algo além, mas o Glorioso, com um elenco limitadíssimo e em crise financeira, simboliza muito bem a volatilidade do Brasileirão – onde uma boa sequência é uma catapulta e resultados ruins consecutivos viram areia movediça. O Vasco da Gama (23 pts) é um caso semelhante, embora tenha resultados piores (passou, inclusive, oito rodadas na zona de rebaixamento).


Briga contra o rebaixamento


(Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)

Avaí, Chapecoense e CSA são os mais ameaçados pela queda. O Cruzeiro ainda pode engatar uma boa sequência sob o comando de Rogério Ceni, já que também conta com bons jogadores, mas convive com a sua maior crise institucional de sua história e o elenco cheio de medalhões também é difícil de lidar. Já o Fluminense é um dos times que mais sofrem gols, e o ataque também não inspira muita confiança.

Goiás, Fortaleza, Ceará, Vasco e até Botafogo também precisam ficar de olho.